quarta-feira, 4 de maio de 2011

Lutando contra as forças das trevas - Vencendo as artimanhas de Satanás (Parte 1)

  Muitas vezes, o povo de Deus pensa que, com uma simples frase ou palavra, é possível neutralizar as investidas do diabo e vencê-lo. Isto é um engano! Entre outras coisas, é preciso conhecer os ardis do inimigo, as táticas, estratégias, ardilezas, maquinações que ele usa para tentar derrotar-nos.
  Na postagem anterior, vimos que o diabo costuma atacar-nos em três frentes: usando os desejos da carne, a soberba da vida e a cobiça dos olhos, para tentar-nos, fazer-nos pecar e impedir a comunhão com Deus e as consequentes bênçãos.
  Se você pertence a Cristo, Satanás não pode tocar em sua vida. Entretanto, ele tem como usar as circunstências para atingir você, interferindo nas suas emoções, na sua saúde física. Então, para neutralizá-lo nessa guerra espiritual, você precisa usar as armas e as estratégias corretas.
  Repare que, em uma guerra, para cada tipo de confronto, são utilizados materiais bélicos e estratégias específicas, justamente para anular a ação e o poder das armas do inimigo. No mundo espiritual, também é assim. Precisamos saber como e quando agir. Não adianta saber quais são as armadilhas do diabo se não somos capazes de destruí-las.
  Será que você está usando as armas e as estratégias certas para vencer as armadilhas do diabo?

AS ARMAS ESPIRITUAIS DO CRISTÃO

 Lembre-se: para cada batalha, há armas e estratégias adequadas. Veja a instrução do apóstolo Paulo quanto à maneira que devemos enfrentar as lutas espirituais.

  " No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo; porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
  Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, e calçado os pés na preparação do evngelho da paz; tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomais também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos. Efésios 6.11-18


  O texto fala das astutas ciladas do diabo. O adjetivo astutas assinala que Satanás é sagaz e engenhoso para produzir o mal. Ele arma ciladas, emboscadas, para fazer presas. Em outras palavras, o inimigo deseja prender-nos em suas armadilhas. Cabe a nós apropriar-nos das armas espirituais que Deus nos deu e das estratégias adequadas para vencermos as investidas do diabo.
  Que armas são essas? A armadura de Deus, com o capacete da salvação, a couraça da justiça, o cinturão da verdade, as sandálias da preparação do evangelho da paz, o escudo da fé e a espada do Espírito, a Palavra de Deus.
  Certamente, quando Paulo escreveu essa carta aos cristãos de Éfeso, estava preso e, observando a armadura usada pelos soldados romanos, usou-a para ilustrar as armas da nossa milícia - a salvação, a verdade, a justiça, o evangelho da paz, a fé a Palavra de Deus - , poderosas em Deus para a destruição das fortalezas onde o inimigo mantém a mente de muitos presa (2 Coríntios 10.4).
  Algumas peças da armadura funcionam como elementos de defesa e proteção (o capacete, a couraça, as sandálias); outras tanto como instrumentos de defesa como de ataque (o cinturião, o escudo e a espada).
  O capacete romano era uma peça de couro grosso ou de metal, usada para proteger a cabeça do soldado dos golpes de espada e das flechas disparadas contra ele. A salvação atua sobre a mente do cristão como um capecete que o protege das mentiras e das artimanhas do diabo.
  A couraça tinha duas peças: uma frontal, que cobria o tórax; outra posterior, que cobria as costas. Protegia órgãos vitais do corpo. Para vencer, o cristão tem de confiar na justificação que vem de Deus por Cristo e na justiça dele e nós imputada. Essa é a couraça que blinda o nosso ser contra o pecado e as acusações do inimigo.
  O cinturão era uma faixa larga de couro, colocada em torno da cintura, para firmar as outras peças da armadura no corpo do soldado e para sustentar a espada embainhada. A verdade, a revelação divina, é o fator de integração na vida do cristão. Ela o liga a Jesus, possibilita que observe a lei divina e faça uso dela para proteger-se do inimigo e atacá-lo, avançando para fazer a vontade de Deus.
  As sandálias dos soldaos romanos eram feitas de couro com cravos nas solas, para dar mais apoio aos pés na hora da batalha. Esta peça tinha a finalidade de proteger os pés do soldado, aonde quer que ele fosse. As boas novas da salvação em Cristo produz a paz, que funciona como uma proteção para o crente ao longo de toda a sua caminhada cristã e ajuda-o a avançar em sua missão de anunciar o Evangelho, que é poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê em Jesus.
  O escudo usado pelo exército romano tinha cerca de 1,20 de altura e 60 centímetros de largura. Era feito de madeira e revestido de couro molhado para apagar as flechas incandescentes disparadas pelos inimigos. As bordas do escudo permitiam que o soldado encaixasse seu escudo no de outro soldado, e ambos marchassem em linha de ataque contra os adversários. A nossa fé, unida a de nossos irmãos, leva-nos a vencer os ataques malignos e a avançar, resgatando outras almas para Cristo.
  Os soldados romanos usavam duas espadas: uma longa; outra curta, usada em combates corpo a corpo. A Palavra de Deus é a espada do espírito, que é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes (Hebreus 4.12); a arma que Deus providenciou para o crente defender-se contra as investidas do inimigo e para avançar no evangelismo.

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